O que é a Filosofia Clínica?

 Filosofia clínica é uma nova abordagem terapêutica com base na Filosofia. 

O termo (em alemão: klinische Philosophie, em francês: philosophie clinique, em inglês: clinical philosophy) foi cunhado pelo psicólogo russo, radicado na alemanha Hilarion Petzold em 1971 e tratado por algumas outras pessoas, como o filósofo japonês Kiyokazu Washida ou o cientista norte-americano James Elliott.

No Brasil, a expressão está diretamente relacionada com o novo paradigma desenvolvido pelo filósofo gaúcho Lúcio Packter em meados da década de 1990. Segundo Gilberto Sendtko a "Filosofia Clínica é uma metodologia filosófica de desenvolvimento de processos terapêuticos altamente personalizados, criados a partir e para cada sujeito atendido". Para Hélio Strassburger, coordenador da Casa da Filosofia Clinica: trata-se de uma nova abordagem clínica, com base na Filosofia. Um novo paradigma (Thomas Kuhn) que acolhe e cuida do fenômeno da singularidade.

Lúcio Packter  que, insatisfeito com algumas abordagens terapêuticas, na década de 80, pôs-se a viajar pelo mundo em busca de novos métodos para conhecer e cuidar o ser humano em sua integralidade. Mesmo conhecendo a filosofia de aconselhamento na Europa e a filosofia prática, nos EUA, iniciou suas próprias pesquisas, resultando no que chamou de Filosofia Clínica. 

Por isso, Lúcio Packter pensou e sistematizou uma versão própria de terapia filosófica, denominada: Filosofia Clínica, nos anos 1980. A Filosofia Clínica, segundo Packter, "trabalha a partir das diversas tradições da filosofia ocidental em direção das questões existenciais" ou - em outras palavras - "utiliza os saberes da filosofia para a vida da pessoa". Na Filosofia Clínica não há os conceitos de saúde, doença, classificação tipológica, patologia, mas sim modos singulares de existir, com representações de mundo absolutamente inéditas, com base na historicidade da pessoa. E é por isso que em Filosofia Clínica não há: "curas", loucuras, internações involuntárias, mas cuidados em busca de qualificar o exercício existencial da singularidade, desconstruindo seus choques estruturais. Hoje é compreendida como um método de desenvolvimento de processos terapêuticos altamente personalizados, desenvolvidos a partir e para cada sujeito atendido. Opera através de diversas correntes filosóficas, com predominância da FenomenologiaAnalítica da LinguagemEstruturalismo e, com a assimilação do Logicismo Formal, da Epistemologia, e da Historicidade.

Para Will Goya, “A Filosofia Clínica é uma práxis de alteridade que trouxe às psicoterapias todas as visões de mundo já pensadas nesses 2.500 anos de filosofia. Por se tratar de uma autêntica reflexão aberta, crítica a si mesma, ela é capaz de entender a subjetividade de quaisquer indivíduos, sem fugir a uma só manifestação existencial singular de ninguém. Novas filosofias que ainda hão de surgir, endossando possibilidades, só intensificarão seu grau de escuta e o diálogo com as diferenças”. 

Estudar e falar da Filosofia Clínica é algo maravilhoso que lhe trás à tona questões existenciais facilmente vista e entendida do seu entendimento, do seu olhar, agora você consegue ver que tudo se encaixa perfeitamente nos Tópicos que assim a Filosofia Clínica mostra, mas isso é assunto para outra postagem. 

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