O Tetraphármakon da Filosofia Epicurista


O Tetraphármakon da Filosofia Epicurista:


  1. "Não há o que temer quanto aos deuses." Significa eliminar da vida humana temores e crendices. Os deuses de Epicuro não participam dos conflitos humanos, vivem a felicidade eterna, sem necessidade de julgar, condenar ou absolver, por isso, não devem ser temidos. Devem sim ser imitados em sua sabedoria e em sua serenidade, sem qualquer tipo de angústia ou medo.
  2. "Não há nada a temer quanto à morte." Significa que não se deve temer o que não está presente e que quando estiver, não estaremos mais aqui. Portanto a morte para Epicuro é a "privação da sensibilidade", o que significa que não podemos senti-la. Sofrer ao esperá-la constitui um erro e conseqüentemente a perda da serenidade.
  3. "Pode-se alcançar a felicidade". Significa que o homem tem a vocação para uma vida feliz. Não se deve privar dessa possibilidade pelas doenças do corpo ou da alma. "Não sofrer no corpo, não ter a alma perturbada - eis a fórmula epicurista da felicidade". É preciso transformar o tempo de vida em tempo de felicidade. E a felicidade está exatamente no prazer e na serenidade.
  4. "Pode-se suportar a dor." Completa o tetraphármakon, mostrando que, se a dor existe, deve ser curada, afastada através de mecanismos que o próprio homem possui. Quando a dor é física, dever ser eliminada com a rememorização de uma situação prazerosa do passado ou uma esperançosa do futuro. Isto se dá no refúgio ao mundo interior, subjetivo e livre do tempo e do espaço. Quando a dor é da alma, devem ser revistos os valores que orientam a vida. Após esse redirecionamento e conseqüente eliminação de falsos temores, recupera-se a saúde mental e a dor desaparece.

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