Ideário da Reforma por Gramsci - O cidadão-pobre, O cidadão-fabril e O cidadão-consumidor

 

Gramsci foi um pensador marxista que se interessou pela questão da reforma social e política. Ele propôs o conceito de hegemonia, que significa a capacidade de uma classe dominante de impor sua visão de mundo e seus interesses aos demais grupos sociais. Para Gramsci, a reforma deveria ser um processo de construção de uma nova hegemonia, baseada na aliança entre os trabalhadores urbanos e rurais, os intelectuais e os movimentos populares. Ele identificou três tipos de cidadãos que poderiam participar dessa reforma: o cidadão-pobre, o cidadão-fabril e o cidadão-consumidor.

 

 

O cidadão-pobre é aquele que vive em condições de miséria e exclusão social, sem acesso aos direitos básicos como saúde, educação, moradia e trabalho. Ele é o resultado da exploração capitalista e da opressão estatal. Para Gramsci, o cidadão-pobre deveria ser conscientizado da sua situação e mobilizado para lutar por uma transformação radical da sociedade.

 

O cidadão-fabril é aquele que trabalha nas indústrias, nas fábricas, nos serviços e no comércio. Ele é o produto da divisão social do trabalho e da alienação do processo produtivo. Ele é submetido à disciplina fabril, à competição, à hierarquia e à burocracia. Para Gramsci, o cidadão-fabril deveria ser educado para desenvolver sua capacidade crítica e criativa, para se organizar em sindicatos e partidos, para reivindicar melhores condições de trabalho e de vida.

 

O cidadão-consumidor é aquele que participa do mercado como comprador de bens e serviços. Ele é o alvo da indústria cultural, da propaganda, do consumo de massa e da ideologia dominante. Ele é seduzido pelo fetiche da mercadoria, pelo individualismo, pelo conformismo e pelo hedonismo. Para Gramsci, o cidadão-consumidor deveria ser despertado para a consciência de classe, para a solidariedade, para a participação política e para a cultura popular.

 


 

 

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